sábado, 15 de agosto de 2015

E se quiser falar de saudade?



E eu que não consigo te esquecer, me distraio com a previsão do tempo, com um jornal da semana passada que ficou jogado em qualquer canto, enquanto procurei ser feliz sem você. A verdade é que consegui ser tão feliz sem você, que me doeu. Doeu saber que nas horas vagas, não procurava mais seu cheiro, e sim um lugar qualquer para descansar. Doeu quando percebi que não doía ao te ver sorrindo em outro lugar, além daqui. Quis que voltasse todos os dias, voltasse aos pouquinhos, como se tivesse com medo de encontrar meu coração diferente, mas sabendo que no fundo tudo estaria igual.

O orgulho nos fraquejou. Nos comeu vivos e não conseguimos sequer lutar ao nosso favor. Onde está o amor nessas horas? E a resposta vem como um tiro: Ainda está aqui. E eu que não consigo te esquecer, passo meus dias entre livros e poeira, entre sorrisos e paixões. Isso não anulou sentimento, minha menininha. É o que sempre achamos que seria. Um privilégio. Sorte grande de uma vez na vida. Com sorte não se brinca, deveríamos ter levado o amor mais à sério. 

A verdade é que não quero te esquecer, não quero beijar as bocas que beijo ou sentir meu coração se alegrar de novo. Minha alegria ao te amar não morreu, meu bem. O que morreu foi só o seu amor quando decidiu sem olhar nos meus olhos, fazer as malas e partir. 

E que falta de sorte a minha. Mesmo sem malas prontas e beijo de despedida, fui correndo atrás do seu vagão acelerado. Sem saber que o meu destino, era partir junto.



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